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EVENTOS

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Na Sexta Feira Santa do Triduo Pascal, a Paróquia Nossa Senhora da Dores vivenciou momentos fortes da Paixão de Jesus. Pela manhã, as 06 (horas) os fiéis sairam pelas ruas da cidade vivenciando e atualizando a via crucis de Jesus. Esta foi encenada pelos jovens da Paroquia, o que levou a emoção ao coração de muitos fiéis, que puderam sentir o grande amor de Jesus manifetado por toda a humanidade. Jesus tem revelado o seu amor a todas as gerações humanas, e isso podemos perceber nesta manifestação do seu amor revelado na cruz, onde Deus entrega o seu filho por amor a todos nós. Que Deus seja louvado! 

O relato da paixão e morte de Jesus é um dos mais antigos escritos do Segundo Testamento. Corresponde ao núcleo central do querigma cristão. Jesus é Messias, anunciado nas Sagradas Escrituras, Filho de Deus que se fez carne, realizou sinais e prodígios, foi condenado e morto. Sua missão consistiu em realizar a vontade de Deus, amando a humanidade até o extremo. Seus posicionamentos não agradaram às instituições de poder. Foi perseguido, preso, julgado e condenado à morte. Injustamente, mataram o Justo (evangelho). Jesus é a figura do Servo sofredor, conforme descreve o Segundo Isaías. Um inocente sofre a paixão, carregando sobre si as nossas dores e nossos crimes. É desprezado por todos. Nele não há formosura e sinal nenhum de poder. Seu corpo foi sepultado entre os ímpios. O Servo amado de Deus, pelo caminho do sofrimento e da morte injustamente infligidos, resgatou a verdadeira justiça. A entrega de sua vida foi em reparação pelos pecados da humanidade (I leitura). As primeiras comunidades cristãs confessam que Jesus é o único e eterno sacerdote. Porque foi provado no sofrimento, é capaz de compadecer-se de nossas fraquezas e nos alcançar a misericórdia de que necessitamos (II leitura). Celebrar a paixão e a morte de Jesus é reconhecer e acolher o amor sem limites de Deus. Em atitude de gratidão e de arrependimento, deixamo-nos invadir pela sua graça, que nos transforma.

Tanto a instância religiosa, representada por Anás e Caifás, como a instância política do império romano, representada por Pilatos, não encontram motivos para a condenação de Jesus. Esta será efetivada por interesse e conveniência dos chefes. Não foi Deus que quis a morte de seu Filho. Ela foi consequência da opção de Jesus pela verdade e pela justiça, conforme se constata no seu testemunho diante de Pilatos.

O caminho da “via sacra” até a morte de cruz é a síntese de todo o sofrimento humano assumido por Jesus como gesto de extrema solidariedade. Ele se fez maldito (quem morre suspenso no madeiro é maldito de Deus: Dt 21,23) e foi crucificado entre dois malditos. Todos os crucificados e malditos deste mundo estão contemplados na morte de Jesus. Todos são redimidos no seu amor.

A cruz, para os cristãos, torna-se o caminho de seguimento de Jesus. Significa empenhar-se por um mundo de paz e justiça; renunciar ao poder em todas as suas dimensões; denunciar situações que geram exclusão e morte; assumir a causa dos pequeninos; doar-se cotidianamente pela causa da vida em plenitude, sem exclusão.